✨Entre Paris, Notre-Dame e a paixão por cavalos✨

Julho foi um mês especialmente inspirador no Atelier VerLuz. Foram as férias mais produtivas em um bom tempo. Em Campo Grande, decidi explorar novas técnicas e aprofundar meu olhar artístico e me inscrevi para fazer aulas de desenho com a talentosa Maria Raquel (@ateliermariaraquel). Tem sido uma jornada rica — começamos com exercícios em lápis e carvão, passamos para o pastel seco, exploramos o Nanquim… e cada material tem me levado para lugares diferentes da memória e da criatividade.

Em homenagem ao Dia Nacional da França, finalizei um trabalho especial: uma Notre-Dame em Nanquim — um tributo à cidade que tanto me marcou e continua a inspirar o meu trabalho.

Já que « estamos » em Paris, quero compartilhar essas aquarelas da exposição de David Hockney. Uma amiga esteve conferindo a exposição na Fondation Louis Vuitton e lembrou de mim. I’m flattered!

Agora, sigo mergulhada em uma nova criação, desta vez em pastel seco sobre papel Sennelier — um papel francês especialmente desenvolvido para essa técnica, que permite uma riqueza de textura e profundidade incomparável. O tema escolhido me toca profundamente: um cavalo.

Mas não é um cavalo qualquer! A inspiração veio de uma lembrança guardada desde o ano 2000, quando, durante um intercâmbio, fiz uma viagem inesquecível à Áustria e assisti a uma apresentação da raça Lipizzaner na Spanish Riding School de Viena. Guardei comigo um pequeno livrinho daquela visita — que reencontrei recentemente no ateliê e trouxe de volta toda a emoção daquele momento.

Os Lipizzaners são uma raça conhecida mundialmente por sua elegância, força e inteligência. Famosos por sua pelagem branca (embora nasçam escuros e clareiem com o tempo), esses cavalos foram desenvolvidos no século XVI no Império Austro-Húngaro, a partir de cruzamentos entre andaluzes, árabes e outras linhagens nobres. Símbolos da tradição equestre europeia, eles são os protagonistas da escola de equitação clássica mais antiga do mundo ainda em atividade: a Spanish Riding School de Viena.

Fundada oficialmente em 1572, a escola recebe esse nome devido às técnicas refinadas de equitação oriundas da Península Ibérica. Sua missão é preservar e transmitir a tradição da Haute École (Alta Escola), com apresentações que encantam até hoje no picadeiro barroco do Palácio Imperial de Hofburg. Os movimentos executados — como piaffe, passage, levade, courbette e capriole — são fruto de anos de confiança e simbiose entre cavalo e cavaleiro.

Voltar a esse universo, tantos anos depois, através do desenho, tem sido uma forma de reconectar minha arte com minhas memórias de infância — quando participava de competições de equitação e desenvolvia essa admiração profunda pelos cavalos.

Cada obra tem sido uma ponte entre o que vivi, o que aprendi e o que desejo expressar no papel.

Em breve, compartilho as imagens deste Lipizzaner para vocês verem. Mas vocês podem acompanhar o making of no instagram do Atelier @atelierverluz

Acompanhe por lá — e me conte: que lembrança da sua infância você transformaria em arte?

Com carinho,

Diana

Atelier VerLuz – Iluminando o caminho com arte